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domingo, 19 de setembro de 2010

2 Livros de referência

A Cooperação Universidade-Indústria e a Inovação científica e tecnológica



Este livro publicado em 1998 aprofunda a problemática da inovação com origem nas Universidades e nas empresas, alertando para um novo potencial: as parcerias e a cooperação entre estes parceiros.

A análise das instituições privadas sem fins lucrativos existentes no âmbito da Universidade de Coimbra, permitiu avaliar a intensidade do relacionamento universidade-indústria protagonizado por estas instituições, tendo por base as suas diversas actividades de I&D. Deste modo, foram seleccionados três grupos de instituições, segundo características comuns. A cada um destes três grupos foi possível associar alguns domínios científicos e tecnológicos a que predominantemente se dedicam. O primeiro, está fortemente ligado às Ciências Básicas através da investigação fundamental, o segundo às Ciências Aplicadas, através da investigação aplicada e desenvolvimento experimental, e o terceiro às Ciências Económicas e Sociais através da investigação fundamental, aplicada e sobretudo a prestação de serviços na área da consultoria. O grau maior ou menor de intensidade da cooperação, assim como o esforço inovador, são também diferentes nos três grupos, evidenciando o grupo que se dedica às ciências aplicadas, um volume maior de contratos e projectos com a indústria. São identificadas as modalidades de cooperação, os tipos e formas mais frequentes de transferência de conhecimento/tecnologia e os principais benefícios da cooperação, para a universidade e para a indústria. É igualmente analisada a estrutura de gestão e de financiamento destas instituições.


Incubadoras de Empresas e Empreendedorismo






Este livro, publicado em 2010,aborda o Empreendedorismo no âmbito das Incubadoras de empresas em Portugal.

“(…) As incubadoras de empresas são a forma mais tangível que o autor defende, descreve e explica, apresentando-nos uma exaustiva visita informacional e técnica a cada uma das incubadoras que em Portugal têm vindo a contribuir para este movimento pioneiro que se desenrolou historicamente a partir da primeira incubadora portuguesa, a AITEC (…)”

“(…) Até 2010, Portugal tem de redesenhar o seu sistema de inovação, com um crescimento da participação das empresas criando um verdadeiro mercado de I+D+I (Investigação + Desenvolvimento + Inovação) e um mercado para pessoas com qualificações académicas e científicas capazes de promoverem o espírito empreendedor quer seja através da criação de novas empresas (entrepneurship) quer através da inovação no seio das empresas (intrapneurship). (…)”
(Do Prefácio)

sábado, 18 de setembro de 2010

A Crise

Um homem vivia à beira da estrada e vendia cachorros quentes. Ele não tinha rádio, televisão e nem lia jornais, mas produzia e vendia bons cachorros quentes. E preocupava -se com a divulgação do seu negócio, colocava cartazes pela estrada, oferecia o seu produto em voz alta e as pessoas compravam. As vendas foram aumentando e, cada vez mais, ele comprava o melhor pão e as melhores salsichas. Foi necessário também adquirir um fogão maior para atender uma grande quantidade de fregueses, e o negócio prosperava. Os seus cachorros quentes eram os melhores de toda a região! Vencedor, ele conseguiu pagar uma boa escola ao filho que cresceu e foi estudar gestão numa das melhores faculdades. Finalmente, o filho já formado, notou que o pai continuava com a vidinha de sempre e teve uma séria conversa com ele:
- Pai, então você não ouve radio? Você não vê televisão e não lê os jornais? Há uma grande crise no mundo. A situação do nosso país é crítica. O mundo vai colapsar.
Depois de ouvir as considerações do filho licenciado, o pai pensou: bem, se meu filho que estudou gestão, lê jornais, vê televisão, acha isto então só pode estar com a razão. Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de pão mais barato (e claro, pior) e começou a comprar salsichas mais baratas (também, piores ). Para economizar, parou de fazer cartazes de publicidade na estrada. Abatido pela noticia da crise já não oferecia o seu produto em voz alta. Tomadas essas 'providências', as vendas começaram a cair e foram caindo, caindo e chegaram a níveis insuportáveis e o negócio de cachorros quentes, que antes gerava recursos até para fazer o filho estudar gestão na melhor escola, colapsou.
O pai, triste, disse então ao filho: - 'Você estava certo, meu filho, nós estamos no meio de uma grande crise. 'E comentou com os amigos, orgulhoso: - 'Bendita a hora em que eu fiz o meu filho estudar gestão, ele avisou -me da crise...’

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A Disciplina da Inovação

Em 1985, Peter Drucker publicou na Harvard Business Review um artigo intitulado “The discipline of innovation”, onde fazia a apologia da inovação empresarial como área de trabalho das empresas, considerando-a como “função empresarial”, e também como “disciplina”, na medida em que constitui um corpo organizado de conhecimentos.
Volvidos mais de 20 anos, os empresários e as empresas, assim como os governos e os países têm vindo progressivamente a dar mais atenção às questões da inovação, quer sobre o desígnio de objectivo de “inovação tecnológica”, quer sobre a forma de projecto político como ilustra entre nós o “plano tecnológico”. Quer um quer outro enfoque, debruça-se sobre a capacidade das empresas e países no sentido de melhorarem a sua competitividade através da prática da inovação e tecnologia, criando novas empresas, riqueza e emprego.
Já antes, num outro trabalho publicado em 1973 intitulado “Management, Tasks, Responsabilities, Practices”, Drucker afirmava que nas empresas só há duas funções verdadeiramente importantes. Funções que na realidade criam riqueza e valor para o cliente, que é quem compra o produto e/ou serviço. Essas funções são o “Marketing e a Inovação”, sublinhando em continuação que “tudo o resto são custos”. É que é muito importante o que se passa dentro da empresa, o que se faz “dentro de portas”, mas é muito mais importante a observação do comportamento do mercado e do consumidor, bem assim como numa prática de inovação contínua centrada nas necessidades do cliente, ou seja do que se passa “fora de portas”. É no mercado que se revelam as empresas competitivas, aquelas que conseguem satisfazer as necessidades do consumidor e aquelas que não o conseguem. Dentro de portas é-se mais ou menos eficiente, mas é fora de portas que se testa a verdadeira eficácia, traduzida na capacidade de satisfazer as necessidades do cliente, de forma continuada e melhor que os concorrentes.
Não parece que estas realidades e o ensinamento que encerram, tenham ecoado ainda fortemente nos nossos empresários e empreendedores, e muito menos ainda nas escolas de gestão. Há uma tendência muito vincada para nos centrarmos nos “meios” em detrimento dos “fins”. O fim da empresa, como organização social que é, não está dentro mas sim fora dela. E esse fim é o consumidor / cliente. Os “custos” referidos por Drucker, são os meios e recursos que a empresa organiza e utiliza de forma a cumprir o seu fim. Eles distribuem-se pelas áreas das finanças e contabilidade, Produção, Recursos Humanos, Sistemas de Informação de Gestão, etc. estas funções são fundamentais e de grande importância. Contudo, per si, só geram custos e encargos. Por outro lado, o Marketing e a Inovação, porque dizem respeito directamente à satisfação das necessidades do cliente e à busca do seu conceito de “valor”, geram proveitos e riqueza, sendo assim, cruciais e muito mais importantes para atingir o fim da organização.
Pena é que muitos empresários, gestores e também muitos académicos, tardem em percepcionar esta realidade, e continuem a trabalhar virados de costas para o mercado. Oxalá acordem!...