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domingo, 10 de abril de 2011

Keynes versus Schumpeter

O estado a que o Estado Português chegou é fruto de um longo caminho. As políticas públicas das últimas três décadas basearam-se essencialmente na crença de que ao Estado cabe o papel de incentivo e de motor do desenvolvimento económico do País. Este paradigma, muito colado às teses Keynesianas, legitimou práticas de endividamento do País, para níveis insustentáveis do ponto de vista da racionalidade económica e financeira. As correntes políticas que seguem e seguiram práticas expansionistas assentes no endividamento público, são fortemente responsáveis pela crise da chamada “dívidas soberanas”. No tempo de Keynes não existia a globalização, não existiam os mercados financeiros nem a especulação financeira.
Em 1945 Schumpeter defendeu a tese de que o desenvolvimento económico de uma nação dependia essencialmente do investimento privado. A iniciativa empreendedora individual, a procura constante pela inovação empresarial e organizacional seria o impulsionador crucial para o crescimento. A racionalidade das teses de Schumpeter revelam-se agora de uma actualidade sem precedentes. A evidência e a prova dos seus argumentos estão agora plasmados na crise actual.
A economia Keynesiana, “top-down” em que o Estado “toma conta” de nós está a mudar dramaticamente para uma economia Schumpeteriana, “botton-up”, assente na inovação produzida pela pessoa e pelas empresas privadas. Por isso, são as pessoas que estão na linha da frente que têm de investir e de correr riscos. O empreendedorismo é o caminho do crescimento económico do País.

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